
Para começar a falar das nossas circunstâncias, vamos começar um pouco antes da criação do curso de fisioterapia.
O Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) tinha apenas três cursos de saúde: Nutrição, Enfermagem e Fonoaudiologia. Bom, na verdade o DCV teve um crescimento meteórico e o espaço físico não tinha seguido o mesmo ritmo. Os prédio do DCV não apresentava salas de aula, sendo um prédio com laboratórios e administração. Os estudantes tinham aulas no prédio ocupado pela pós-graduação.
Então um novo prédio, prédio de aulas do DCV começou a ser construído para que desse "abrigo" aos estudantes já existentes e aos novos que chegariam junto com os novos cursos: Fisioterapia e Farmácia.
E depois de aprovada a abertura dos cursos, fisioterapia tem seu primeiro vestibular com uma concorrência de cerca de 123,50/1, em 2005, com turmas que entrariam em 2005.2!!
Que maravilha... Trinta aprovados! Os estudantes que enfrentaram essa concorrência assustadora agora eram ESTUDANTES DA UNEB. As aulas que começariam no segundo semestre de 2005 levaram mais seis meses e só começaram em 2006.
Quando finalmente depois de um ano esperando, os estudantes são recebidos com a notícia de que não teriam aula ainda pois o prédio deles estava para ser acabado, ainda, recebendo o prazo de um mês.
Um mês? Mais um mês esperando? Não!
Os estudantes de saúde do DCV - CAMPUS I ocupam, então, o prédio da pós-graduação, onde tinham aulas e exigem o fim das obras no prédio de aulas do DCV.
O prédio foi entregue, só com as as salas de aula e inacabado. Com três andares ainda incompletos (o prédio tem seis).
O curso de Fisioterapia começa com apenas uma professora fisioterapeuta no quadro. À medida que os vestibulares se seguem, novas turmas entram e a turma mais antiga se depara com o não oferecimento de disciplinas devido à falta de professores. Hoje somos cinco turmas, sendo que a primeira deveria estar concluindo o curso em 2009.2, o que não deve acontecer.
Várias ações são tentadas junto à diretoria do DCV, junto à coordenação do curso e junto à reitoria da UNEB. No entanto, poucas coisas são conseguidas, com o discurso da falta de verba para tantas coisas.
Hoje a Fisioterapia na UNEB conta com:
- Acervo bibliográfico insuficiente - estudantes necessitam tirar muitas cópias devido aos poucos livros que a biblioteca tem, ou ainda porque a biblioteca não tem.
- Aulas práticas que ocorrem sem estrutura de laboratório adequada, onde faltam equipamentos e instalações para que se consiga um bom aproveitamento das mesmas.
- Um andar vazio - o primeiro andar do prédio de aulas do DCV é destinado à Clínica-Escola de Fisioterapia, bem como a alguns laboratórios, mas lá só tem o espaço vazio.
- Não oferecimento de disciplinas devido ao déficit de docentes.
- Professores que são apelidados de "multiuso", já que dão aulas de diversas disciplinas.
- Estudantes mobilizados contra o descaso de toda a hierarquia de poder responsável por essa situação.
Estamos esperando as soluções e continuaremos parados enquanto o fato de ter estudantes de fisioterapia na UNEB for só para ostentar o único público na capital baiana.
Esse breve histórico conta toda nossa trajetória. Não vou lamentar mais nada. O grito agora é de mudança!!!!
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